Ride: icônico single de Lana Del Rey completa 12 anos!
“Toda noite, eu costumava rezar para achar pessoas como eu – e finalmente achei – na estrada. Não tínhamos nada a perder, nada a ganhar, nada que desejássemos mais – exceto transformar nossas vidas em uma obra de arte. Viva rápido. Morra jovem. Seja selvagem. E se divirta” (Trecho do Monólogo de Ride)”
Ride é o primeiro single do EP Paradise, lançado oficialmente no dia 25 de setembro de 2012. Ride é uma balada que deriva dos gêneros indie pop e pop rock, composta por Lana e Justin Parker. Em entrevista à SpinorBinMusic em outubro de 2012, Lana disse que a faixa foi trabalhada de uma só vez.
A letra da canção fala sobre uma estrada aberta, sendo uma possível metáfora para a vida, cheia de possibilidades, mas também de incertezas, com a busca por propósito e direção. Enquanto Lana parece estar numa busca constante e dirigindo sem nenhum destino, tentando apenas escapar da guerra em sua mente, junto a isso, o sentimento de estar enlouquecendo a acompanha. Na letra, Lana aparenta estar passando por um conflito emocional: “Been trying hard not to get into trouble, but II’ve got a war in my mind” Ainda com isto, Lana nos leva a refletir sobre o quão fugaz pode ser a vida, “dying young and playing hard”(Morrendo jovem e vivendo intensamente). Nesta parte, Lana nos traz uma crítica ao estilo de vida deturpado e autodestrutivo que alguns artistas mantêm.
Lana também não nos deixa desapontados com o videoclipe do single, que até hoje nos deixa arrepiados e inebriados. Del Rey trouxe uma atmosfera imersiva e realista, ao perambular pelas ruas, na garupa de motoqueiros por estradas sinuosas, ou apenas buscando segurança em relacionamentos. Trazendo seu estilo, saudando a América em meio ao neon de uma cidade fria. O clipe termina onde começou: com Lana sozinha no balanço de pneu.
O videoclipe, que tem quase 10 minutos de duração, se inicia com um monólogo poético e tocante, onde Lana fala sobre seus sonhos e suas percepções de vida. Este, até hoje, é o monólogo mais icônico da sua carreira:
“Quem é você? Você está em contato com todas as suas fantasias mais escuras? Você criou uma vida para você mesmo na qual é feliz para experienciá-la? Eu criei. Eu sou louca para cac*te. Mas eu sou livre”
Podemos dizer que com Ride temos o ‘quinteto fantástico’ da era Born To Die/Paradise. Com as faixas “Born To Die”, “Video Games”, “Blue Jeans” e “Nacional Anthem”. Ao uni-las, vemos Lana contar sua trajetória e sentimentos por meio da sua arte, nos mostrando que, realmente, ela não tinha nada a perder, nada a ganhar, a não ser transformar sua vida em arte.